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Por Diana Gilli
Editora de Conteúdo
Não se sabe ao certo os reais volumes de óleo e gás encontrados pela Petrobras S/A, na camada pré-sal, localizada na Bacia de Santos. Mesmo assim a indústria parece reagir de forma muito positiva, tanto que muitos empresários não se impeliram e já fazem planejamentos para os próximos cinco anos. Este período de 2010 será essencial para a criação de tecnologia de ponta, bem como oferecer bens e serviços.
Muitos especialistas acreditam que o cenário atual trará cada vez mais benefícios ao Brasil e acima de tudo, um desafio a cumprir: instituir de uma vez por todas uma nova indústria que tenha a capacidade de atender demandas do mundo inteiro na área de perfuração. Isso parece um pouco distante, pois ultrapassa até os limites do Promimp, que tem se empenhado em dar um novo vigor para a indústria nacional.
Será necessário daqui para frente eficiência, qualidade e agilidade no cumprimento de algumas tarefas preparatórias, como um novo marco regulatório, a realização de estudos de viabilidade técnica e econômica, de projetos de engenharia e de editais de licitação, bem como na emissão de licenças ambientais no que tange a área portuária.
Para alguns acadêmicos, o governo brasileiro precisará ter uma visão de longo prazo, pois a Petrobras não poderá cometer os mesmos erros do passado como na década de 70, quando quase enterrou o programa de álcool do país.
Cientistas temem que o país retroceda, torne-se mais dependente do petróleo, e que o produto empanturre a economia brasileira, deixando os combustíveis fósseis mais baratos; atrapalhando, dessa forma, o desenvolvimento de energias renováveis.
O Brasil não poderá deixar que o petróleo das reservas da camada pré-sal prejudique as pesquisas em energias renováveis, e nem tire o país do caminho do desenvolvimento sustentável.
Apesar do clima de que a camada pré-sal é o estopim que faltava para a independência do país em relação ao petróleo, há ainda muito trabalho para que se siga, por exemplo, o mesmo caminho da Noruega.
Com toda a certeza a terra dos tupiniquins vive um momento histórico, de extrema importância para a economia brasileira, mas por outro lado, mostra que ainda não está preparada institucionalmente para receber os possíveis dólares advindos da venda dos produtos do pré-sal.