Virada Cultural 15 e 16 De Maio, Confira!

Foto: Virada Cultural 2009

Para quem gosta de diversão e cultura, neste fim de semana (15 e 16), São Paulo recebe a Virada Cultural. O evento, que acontece desde 2005, com muitas atrações, reúne shows, peças de teatro e apresentações de rua no centro da cidade durante 24 horas.

Aqui está algumas sugestões:

Praça Julio Prestes
Pode apostar que valerá a pena ficar acordado para assistir aos shows da ótima cantora Céu (0h00) e do sempre sensacional Living Colour (03h00). Se você tiver filhos, acorde um pouco mais cedo no dia seguinte e leve a molecada para ver a Palavra Cantada (09h00). O show do Toquinho (12h00) é sempre alto astral para se assistir em família, mas fuja da breguice do ABBA – The Show (15h00) e do “chororô bicho-grilo retirante” da Cantoria de Elomar, Xangai, Vital Farias e Geraldo Azevedo (18h00).

Praça da República
Aqui, as boas pedidas são os sempre animados shows do veterano Nelson Sargento (21h00) e o Baile do Simonal – Wilson Simoninha & Max De Castro (23h00), mas imperdíveis mesmo são as apresentações do ensandecido Jair Rodrigues (01h00) e, se o sono permitir, do injustiçado Orlandivo & Clube do Balanço (05h00). Nem perca seu tempo para ver a assustadora Elza Soares berrando como uma doida junto com o Sandália de Prata (03h00). No dia seguinte, aproveite a sempre boa presença de Arlindo Cruz (15h00) para chacoalhar o esqueleto com samba de verdade, e morra de rir e sambar com dois malucaços, Germano Mathias e Dicró (17h00).

Bulevar São João – Vale do Anhangabaú
Aqui está um palco arrebatador. Vale a pena ficar aqui e enfrentar uma maratona de shows de primeira linha. Começa com o doidaço e imprevisível Hermeto Pascoal (19h00) e segue com o genial percussionista/baterista Airto Moreira (21h00) e o lendário tecladista Booker T (23h00), que deve vir acompanhado do ótimo grupo Drive by Truckers. Assista por sua conta e risco a picaretagem das grossas que é essa versão do The Temptations – feat. Glenn Leonard (01h00), se esbalde até cair com a Orquestra Popular de Frevo do Recife (03h00) e se prepare para a insólita apresentação do maluquete Edy Star – Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez (05h00). Vale a pena ficar acordado – ou chegar bem cedo – para ver o gaúcho Nei Lisboa (07h00) e uma lenda roqueira argentina, que é Nito Mestre com o Sui Generis (09h00). Aproveite e vá almoçar durante a “apresentação-cabeça” dos chatíssimos Tatit, Wisnik & Nestrovski (11h00) e volte revigorado para o sensacional show que marca a volta do Grupo Medusa (13h00), com ¾ da formação original – o guitarrista Heraldo do Monte, o baterista Chico Medori e o pianista Amilson Godoy – e mais alguns convidados especiais. Depois, pode se preparar para ouvir uma das maiores cantoras da história da música brasileira: Flora Purim (15h00).

Estação da Luz
Pode apostar: vai ser um festival erudito “de responsa”. Portanto, pode ir sem susto assistir a Jazz Sinfônica (18h00), a Orquestra Sinfônica Municipal & Coral Lírico – Carmina Burana (22h00), a Orquestra Experimental de Repertório – Porgy & Bess (00h00) , o Quinteto Conclave (04h00) , a Banda Jazz Sinfônica de Diadema (07h00) , o Encontro de Bandolins com Danilo Brito, Mike Marshall e Catherina Lichtenberg (13h00) e a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OSESP (16h00).

Vieira de Carvalho
Aqui costumam rolar os shows mais cafonas e, por vezes, divertidos de todo o evento. Despretensiosamente, vale a pena apostar em Arrigo Barnabé – Caixa de Ódio: o Universo de Lupicínio Rodrigues (19h00), em André Abujamra – Desengonçalves: Canções de Nelson Gonçalves (21h00) e nos divertidos Frank Elvis & Los Sinatras – Baile da Vassoura (23h00) . Daí em diante, é só “terror brega”, com exceção de Luis Caldas (03h00), Jerry Adriani (11h00) e Wanderléa (17h00).

Av. São João
Outro palco que vale a pena acompanhar a programação. Tem coisas imperdíveis, como o Grand Mothers – Re:Invented (20h00), que traz alguns dos cultuados músicos que tocaram ao lado de Frank Zappa no Mothers of Invention (Roy Estrada, Don Preston e Napoleon Murphy Brock), a Patrulha do Espaço (00h00) e o Krisium (05h30). Mas também tem picaretagens como o Big Brother & the Holding Co. (22h00), a péssima banda que acompanhava Janis Joplin – se os caras já eram ruins naquela época, imagine hoje em dia – e presepadas como o poser L.A. Guns (01h30), o CPM 22 fazendo Só Ramones (1h30), a baixaria do Velhas Virgens em Tributo a Adoniran Barbosa (03h30) e os redivivos Raimundos (13h30). Em compensação, tem o bom metal pesadão do Imbyra (07h30), a competente Pitty (09h30) e os sobreviventes Arnaldo Antunes (15h30) e Titãs (17h30).

Barão de Limeira
Se você não se incomodar com o inevitável “fumacê” reinante na plateia, não perca a ótima Orquestra Brasileira de Música Jamaicana (19h00), o espetacular cantor jamaicano Pablo Moses (21h00) e a boa Fully Fullwood Band – Tosh Meets Marley (01h00), também oriunda da terra do rastafári. Uma boa surpresa pode ser o retorno do Cidade Negra (23h00), que mandou embora o desafinado Toni Garrido e trouxe de volta o seu vocalista original, Ras Bernardo. Vá para casa dormir e perca os chatíssimos Planta e Raiz (03h00), Tribo de Jah (05h00), Djambi (07h00), Pedra Rara (09h00), Leões de Israel (11h00) e Mano Bantu (13h00), mas volte para ver o carismático jamaicano Clinton Fearon (15h00) e o espetacular Big Youth (17h00).

Casper Líbero / Washington Luís
Vai ter gente nova e talentosa se apresentando aqui. Pode reservar um tempo em sua agenda para assistir o delicado suingue de Juliana Kehl (19h00), os Detetives (20h40), Tulipa Ruiz e sua bela voz

(22h20), o som low-fi do figuraça Dudu Tsuda, ex-JumboEletro (00h00), o esquema voz/violão e bateria do duo indie Comma (03h20), a baterista Naná Rizzini (05h00), o samba bem sacado do Sambô (10h00). Agora, esteja preparado para ouvir uma boa banda embalando a desafinada voz de Karina Buhr (13h20) e as canções abobalhadas de Mallu Magalhães (16h40).

Casper Líbero / Mauá
Aqui será o palco perfeito para quem quer acompanhar o que de bom anda acontecendo na nova cena do rock nacional. Não perca de jeito algum o “projeto com músicos de outras bandas” Música do Mato (18h10) – com integrantes do Macaco Bong, entre outros -, o excelente trio instrumental Caldo de Piaba (19h50), o monumental Black Drawing Chalks (21h30), a ótima Camarones Orquestra Guitarrística (23h10), o hardcore do Galinha Preta (00h50), o gótico Plastique Noir (02h30), a nojenta avacalhação do Baba de Mumm-Rá (04h10), o pesadaço Vendo 147 (05h50), o indie sacolejante do Hey Hey Hey (07h30), o experimentalismo sônico do Aeromoças e Tenistas Russas (10h50), o divertido Nervoso e os Calmantes (12h30), a inacreditável festa folk gaulesa propiciada pelo Terra Celta (14h10), o peso do trio Rinoceronte (15h50) e o regionalismo torto do Cabruêra (17h30).

São Bento
Para ouvidos mais sensíveis e mesmo para aqueles roqueiros que não têm preconceito musical, são imperdíveis as apresentações do Quarteto de Cordas da Academia da OSESP (12h00) e do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo (15h00).

Veja também a agenda completa da Virada Cultural no site oficial: viradacultural.org